Você sabe o que é GD0, GDI, GDII e GDIII na Geração Distribuída?
Entenda as características que definem como o seu projeto será enquadrado
Introdução:
A geração distribuída (GD) no Brasil passou por transformações importantes nos últimos anos, impulsionadas pela Lei 14.300 e regulamentadas pela Resolução 1059. Surgiram, então, as categorias GD0, GDI, GDII e GDIII, fundamentais para entender como o setor está estruturado. Neste artigo, vamos detalhar cada uma delas para você compreender como essas classificações impactam o mercado.
GD0: O marco inicial
GD0 refere-se a todas as usinas que pediram acesso antes da publicação da Lei 14.300, em janeiro de 2022. Essa categoria foi interpretada pelo mercado para destacar os projetos que seguiram as antigas regras, antes das mudanças significativas trazidas pela nova legislação.
GDI: O período de transição
GDI abrange as usinas que solicitaram acesso entre janeiro de 2022 e janeiro de 2023, um período de transição de 12 meses definido pela Lei 14.300. Essas usinas têm prazos específicos para entrar em operação após a assinatura do Orçamento de Conexão:
Microgeração: 120 dias
Minigeração solar: 12 meses
Outras fontes: 30 meses
O GDI serviu como uma "zona de ajuste", permitindo que os projetos se adaptassem gradualmente às novas regras.
GDII: Controle e limites específicos
GDII engloba usinas com características específicas, como potência inferior a 500 kW ou fontes despacháveis, que permitem controle sobre a geração. Por exemplo, uma usina solar com armazenamento de 20% da geração diária é considerada uma fonte despachável e se enquadra nessa categoria.
Além disso, projetos de geração compartilhada entram no GDII, desde que nenhum participante tenha mais de 25% de participação.
GDIII: A categoria ampla
GDIII inclui todas as usinas que não se encaixam nos critérios de GD0, GDI ou GDII. É uma categoria abrangente, que normalmente inclui projetos de maior porte ou com características que fogem das especificações das demais classificações.
Por que entender essas classificações é importante?
Essas categorias não são apenas termos técnicos; elas definem prazos, incentivos e estratégias para viabilizar projetos. Entender se um projeto se enquadra em GD0, GDI, GDII ou GDIII pode impactar diretamente sua viabilidade econômica e regulatória porque cada uma delas possui uma regras específica de compensação dos créditos de geração distribuída.